segunda-feira, 12 de julho de 2010

Educação a distancia


Primeiramente antes de colocar sobre o uso da tecnologia na Educação a Distância, gostaria de fazer algumas ponderações sobre a situação.

Neste momento em que vivemos a expansão dos EADs, vimos uma tendência de alguns especialistas da educação que ao longo dos tempos vieram fazendo uma critica aos currículos dos cursos presenciais colocando de que se a formação presencial ainda não dá o suporte para o mercado de trabalho, que muito menos a formação a distancia o faria.

Sobre o debate da necessidade de mudança curricular do ensino superior, e em especial os cursos da área da educação, coloco que não somente a teoria deve estar envolta neste debate, mas principalmente a conciliação entre teoria e a pratica o que na minha opinião deve sim ser ainda melhor debatido, pois vemos a cada dia milhares de pessoas saído da academia e indo para o mercado de trabalho sem condições de disputar com outras pessoas, por terem um conhecimento dito “inferior”. Não cabe mais e não temos mais tempo para a formação desvinculada da pratica, indiferente da área de atuação, pois conhecimento requer experimentação.

No âmbito das políticas sociais poderíamos debater que o Ensino a Distancia deu abertura para um numero maior de brasileiras e brasileiros terem a possibilidade de buscar uma formação, vemos também a disputa entre as universidades o que nos trouxe uma redução dos preços, alem do conveniamento que o governo federal possibilitou aos Estados e Municípios em formar as educadoras e educadores que já atuam na educação para buscarem uma formação, o que por si só já nos mostra o grande feito da formação a distancia.

No entanto, vejo nas professoras Nevado, Carvalho e Menezes uma tendência em buscar cada vez mais a qualificação do Ensino a Distancia, inclusive no que se dá ao debate na forma de como faze-lo, como quando apresentam as Arquiteturas Pedagógicas como suporte para qualificação deste “espaço”, colocando que Propostas Pedagogias diferenciadas, surgem ao mesmo tempo que a expansão do ensino a distancia.

A critica incial destas autoras se dá no distanciamento dos sujeitos para com os objetos da aprendizagem, pois não conseguem visualiza-lo, já que não o constroem,mas sim o reproduzem.
A busca deste debate é de colocar que a possibilidade de construir as aprendizagens , mesmo que em espaços distantes, educandos e educadores, compartilhando de novas ferramentas alcançam os objetivos que criaram em conjunto.Como mencionam

Uma escola ou um curso virtual de formação baseia-se no teletrabalho [Bianchetti 2001], tendendo a substituir a presença física pela participação na rede eletrônica e pelo uso de recursos (programas e materiais) que favoreçam a construção conjunta (Carvalho,Nevado e Menezes)

Neste artigo em especial, as autoras colocam a proposta de apoio nas teorias de Piaget e Paulo Freire para o debate desta concepção que traz como centro a incerteza e a duvida como propulsor de aprendizagens, pois “o conhecimento...nasce do movimento, da dúvida, da incerteza, da necessidade da busca de novas alternativas, do debate, da troca.”,alem de que o ensino a partir das tecnologias trata com o real, o que amplia também as possibilidades e caminhos que serão escolhidos pelos próprios sujeitos. Dentro desta perspectiva se coloca que a educação através das tecnologias devem favorecer a solução de problemas reais, para transformar informações em conhecimentos, para uma educação para a autoria, a expressão e a interlocução, para a investigação, para a criação de novidades, para a autonomia e para a cooperação.

O que poderia acarretar este debate na educação? Na minha opinõa,estamos indo de encontro com uma nova escola, o que nos levaria a construir a escola sobre a qual estamos debatendo a muito tempo, s escola que compreende, que inova e que alcança seu objetivo verdadeiro,que é a formação de cidadãs e cidadãos que se expressam na busca de seus direitos e de seus deveres dentro desta nova sociedade que surgirá.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito interessante e qualificada sua reflexão. Vemos a EAD rompendo com o tempo e o espaço e rumando para sua qualificação.