segunda-feira, 12 de julho de 2010

Arquitetura Pedagógica para Construção Colaborativa de Conceituações
Rosane Aragón de Nevado, Maria Martha Dalpiaz, Crediné Silva de Menezes


Neste artigo as autoras trazem a experiência da elaboração e do uso de Arquitetura de Construção Conceitual no Curso de Especialização “ Tutoria em EAD” para tutoras do Curso de Graduação - Licenciatura em Pedagogia (PEAD/FACED/UFRGS).

Apresentam que levaram em conta variáveis que interferem no processo educativo, inclusive o distanciamento entre teoria e pratica. Devemos ressaltar que na pesquisa e planejamento é importante dizer que a teoria não deve estar afastada, mas sim aproximar-se cada vez mais para encontrar maior ressonância na prática, situando-se como um instrumento enriquecedor do trabalho, neste caso as tutoras, em especial neste caso para os conceitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Construindo coletivamente o conhecimento partiram de um determinado micromundo onde elaboraram conceitos amparados por uma rede de interações e com isto a partir de que cada individuo revelou sua compreensao por determinados conceitos e identificaram atraves do debate semelhanças e diferenças nas concepções.

As autoras colocam que “O ponto culminante do processo é a reelaboração, ou seja, o processo coletivo de construção/ reconstrução conceitual que os sujeitos realizam nas suas interações interindividuais e nas suas interações com materiais textuais, modificando os significados do micromundo em questão.”

O delineamento inicial considerava os seguintes momentos:

a) Inventário dos conhecimentos prévios dos indivíduos;
b) Elaboração do quadro de concordâncias/discordâncias;
c) Estudos e debates;
d) Revisão do quadro de concordâncias/discordâncias;
e) Avaliação.


Há ainda a afirmação de que a avaliação é parte importante durante todo o processo para desenhar as próximas etapas e que ocorreu durante todo o processo supra citado.

Através dos quadros apresentados no artigo é possível visualizar o papel do educador, das educandas e as reflexões que serviram de suporte para as próximas etapas.

Primeiramente percebemos que o papel do educador na primeira fase foi de propor o ambiente de trabalho, onde as concepções de cada um foram postadas e tinham acesso a todas as dos colegas, já na segunda etapa sintetizaram as teses sobre aprendizagem e desenvolvimento, onde o papel do educador foi de auxiliar nesta síntese.

No decorrer, já na terceira etapa, o trabalho foi de elaborar um quadro de concordâncias e discordâncias que tinha como objetivo “Produzir reflexões sobre as “teses”, e testar a estabilidade das certezas (idéias atuais) gerando possíveis desequilíbrios cognitivos.”, na quarta etapa o momento foi de buscar estudos referentes as conceitos apresentadas anteriormente.
Chegando na quinta etapa, buscou-se o que haviam construído na etapa 3, reelaborando assim os quadros existentes.

Já na sexta e sétima etapa a prioridade foi da avaliação e reconstrução dos conceitos apresentados inicialmente, incluindo a auto-avaliação das educandas.

Para a construção desta arquitetura de conceitos, como das diferentes arquiteturas pedagógicas o recurso tecnológico é importantíssimo e no caso em questão destacou-se o uso de PBWIKI, e para a interação entre os participantes o MSN, o Skype e o GoogleTalk.

Para o suporte da arquitetura de Conceitos, esta sendo criado um ambiente que tem construção coletiva denominado Ambiente MOrFEU, um multi-organizador flexível de espaços virtuais.
Como considerações finais sobre esta arquitetura as educadoras trazem que ela “mostrou-se relevante como possibilidade estruturante de aprendizagens”, já que no decorrer do processo ela possibilitou a visão dos avanços através dos quadros onde foram registrados o percorrer da aprendizagem construída.




Um comentário:

Unknown disse...

Nessa reflexão você traz a importante constatação de que a teoria pode servir como enriquecedora de nossa prática, nos auxiliando a entender nossas ações e pensar em formas de aprimoramento. Esse será um dos importantes exercícios do estágio.